domingo, 28 de novembro de 2010

what were we thinking



"The sun hasn't shined today at all
A funny thing it's hard to see
Through this emptiness
Slowly breaking me
Maybe hurt me just a little less
Then I can start to breathe
But still your heart is out of reach
(...)
What can I do?
what did we do?"

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A.Ti

Uma noite. Iluminada, pela Lua. Um olhar. Doce, de pessoas crescidas. Um sorriso. Aberto, de quem não tinha nada a esconder. Uma multidão, resumida a nós. A fotografia, meia amarrotada pelo esconderijo forçado num livro que não me faça retroceder.
Coimbra. Chuvosa, de nuvens de algodão (doce) e sol que a ilumina. Lugar onde queria ser, contigo.
E uma carta, de muitas grandes palavras. Esquecida pelo tempo. Não entregue pelo orgulho que carrego.
Juras maiores que nós; barreiras de um destino que chegavam para os dois; e, uma Paixão contida que apetecia gritar, do tanto que nos preenchia. Se me roubassem corrias o mundo, dizias. Ou, se desaparecesse da tua vida, montavas tenda à minha porta, até que me dignasse a sair do meu casulo. Roubaram-me. Desapareci. Ou perdeste-me, já nem sei. Nego-te a ti, o sentimento. Mas, não nego o coração que me arde no centro do peito e tudo aquilo que choro, de esconder o que nunca tive coragem de te dizer, e de aceitar para mim própria, enquanto houve tempo.
Vem, leva o tempo que quiseres, mas vem. E aí ensinar-te-ei como se ama assim, sem doer, sem projectar, sem deixares de ser Tu. Volta a ser engenheiro de nós e voltarei a ser viajante, a arquitecta do teu coração. Mostrando-te os alicerces de que precisas, num “dócil sorriso, que carrega o mundo no olhar”.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E tu onde te vais refugiar?

(...) Desculpa os dedos,que (te) querem tocar, mas descobrem segredos, de uma noite de mar.


Ouvesse ao longe alguém que canta "Há um perfume que ficou no ar, algo que está no olhar"... Mas, a expressão musical fechou-se com ele, quando levou, numa noite, a arte dela.
Desenhos de notas fechadas na pauta que ela não consegue acabar,criam o mapa de um passado deserto inteiramente preenchido, no qual ambos voaram pelas ruas das quais fizeram céu. Eram o "instrumento" um do outro, agora enquanto ele lhe pede que não desista, ela só quer que ele não se perca neste momento. As notas que faltam a esta melodia estão escondidas nos dedos de ambos, como metades iguais, mas há palavras que fazem parte da familia dela: um Da capo desenhado na mais fina folha,ao escrever esta melodia, ao som das teclas do seu piano, ao mesmo passo que a sua alma implora que ele a leve para onde vai- Da capo al coda.
No momento de passar a limpo a pauta, certamente o vento da janela que teima em estar aberta, levou a união do 1º para o 3º andamento- Da capo al fine. Restaram uns andamentos medianos que por entre notas melodiosas, falam por ela. Gritos do que ela pensa e que cala assim, numa pauta inacabada, em cima da estante do seu velho piano, são notas que não saem mais das mãos, ou letras que não saem mais da voz, de tantos dias e noites a tentar unir andamentos, que não são mais que pedaços de nós.


Espero um dia que ela tenha a pauta acabada,

e que os seus dedos corram

pelo teclado do piano como antes,

como sequiosa do que mais falta lhe faz...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Existem pessoas sem prazo de validade. E é por isso que quando nos oferecem uma melodia, ficam para sempre. Podemos ouvi-la hoje ou amanhã, e toca-nos sempre. E alarga-nos os neurónios, e faz melhor à alma do que as vitaminas. E ás vezes dá-nos, finalmente, a autorização de que precisávamos para chorar. Por outro lado, existem melodias (as de coração e alma) que nos fazem desconfiar...mas valem sempre a pena ouvir, porque quando se faz ginástica com a linha do horizonte e a curvamos à nossa medida, encontramos quem está sempre perto de nós.
Porque,

"Na verdade, o mundo interior não divide as pessoas entre as estranhas e as de familia. Mas, entre os viajantes e os aventureiros, os arquitectos do nosso coração e os alquimistas. Os viajantes e os aventureiros são pessoas que nos surpreendem, de passagem. Os arquitectos do nosso coração rasgam avenidas ou desvendam planaltos. Os alquimistas transformam-nos sempre que nos dizem: "Chega-te a mim...e deixa-te estar."


(Tenho saudades de um tempo em que tinha a meu lado 3 pessoas que me faziam rir e chorar, mas que mostraram sempre o verdadeiro significado da palavra permanência, não eterna ou palpável. Mas na distância de um enorme horizonte.)


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Serenata

A última, da latada ...

O reviver de emoções, lembranças, amizades construidas em cinco anos na cidade eterna dos estudantes. Sonhos, desejos, amores, o inicio e o fim de um ciclo marcado pela mais bela melodia que ressoa nos corações de quem ousa entrar no profundo das palavras.



"És o inicio da saudade, Coimbra, onde deixas em mim tanto de ti"

sábado, 16 de outubro de 2010


"O sentimento é nobre quando não é adulterado pelo sentimentalismo, e pelo desejo de posse e que, quando ousamos olhá-lo, o mundo é belo."

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

2ª PARTE ...

... de Passos mágicos ...

A distãncia de algo que nos aviva a memória faz-nos bem, mas ao mesmo tempo é afastarmo-nos daquilo que somos e do que nos constrói como seres. Tu, ele, ela, o nós, quem foi, quem vem, quem está. São pedacinhos de cada um, são pedaços meus, que me fazem rir, chorar, sofrer, amar, mas mais importante VIVER. :)
Eu gosto de viver, sorrir (até me doer a barriga, ou então até chorar), gosto de quem me rodeia, rodeou e sei que estará para rodear. Tenho saudades de ti, dos que passaram por mim, e deixaram tanto deles por aqui - tenho um baú cheio de recordações, de memórias que não pretendo esquecer nunca - Sou uma romântica incurável, passe o que passar, está nas veias, no sangue que me corre, no bombear que me dá vida.
Volto aqui, porque gosto de escrever, e sempre me expressei melhor assim, do que por qualquer outra palavra que possa proferir. Serei eternamente tua, e tudo o que escrevo se baseia naquilo que um dia me deste e estarás para dar, sou do Mundo, e sei que um dia irei saborear o verdadeiro sabor das estrelas, porque afinal o passado, o presente e o futuro, é algo que me fará sonhar sempre.